quinta-feira, 11 de abril de 2013

O berro do coração

Ali esta  o guardião das vozes malditas
Porta voz das bocas famintas
Sem viver de amor
Sem viver de dor
Dentro do barril das almas perdidas

Ele vê a luz se consumindo e o dia indo e indo
Suplicando seu amor
E agora é a boca fria antes quente, que suplica por calor

O tempo só aguça a tristeza que o rasga
E na hora da verdade
A razão da defeito
Seu destino vira defunto
E a saudade arde no peito

Então digo-te caso queira falar de mim
Poderia dizer-lhe flores com a boca cheia de cacos
Se assim pedido fosse

Aceitar o fim é fácil
Difícil é encara a vida diante de uma cova rasa
Feita a tua medida

Tanto eu como tu sabemos
Que a humanidade é uma mentira que o tempo complementa

Aí... Diz ele vendo o frio lhe tomar
Pensa então em sua antiga amada
Pois ela se morreu

Maldando fala de complementaridade
Não aquela normal,a que todos almejam
Fala sim do ouro de tolo da falsa emoção
Da sobreposição do eu presente sobre o eu futuro

E já tremulo e cálido de febre
Declara seus últimos desejos
E com a voz fraca delira mandando beijos


autor:FSantanna. 1999

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